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Mostrando postagens de dezembro, 2024

Meu coração

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*Por J. G. de Araújo Jorge Eu tenho um coração um século atrasado, ainda vive a sonhar… ainda sonha, a sofrer… Acredita que o mundo é um castelo encantado, e, criança, vive a rir, batendo de prazer… Eu tenho um coração — um mísero coitado que um dia há de por fim, o mundo compreender — é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado que habita no meu peito e enche de sons meu ser… Quando tudo é matéria e é sombra — ele é uma luz… Ainda crê na ilusão… no amor… na fantasia… sabe todos de cor os versos que compus… Deus pôs-me um coração com certeza enganado: — e é por isso talvez que eu ainda faço poesia lembrando um sonhador do século passado!...

O retorno da primavera

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  *Por Artemísia “Sing!” Nos ouvidos “Dance monkey” na extensão  Do corpo vivo  A mente procurando a estação  Eremitando pra produzir ação  Pensando na vida viva Ignorada à revelia Pelas mesmas porcarias de corporação Passarinho tem voz Árvore tem voz também! Pobre não tem vez Eu aprendi a jogar xadrez! Eu quero sprays  Pra lançar nos 1.7.1 Tô sempre começando agora Então não caio pelo ART. 71 Arte é o número 8, bola da vez Tô ouvindo as voz De quem fez antes  A luta contra o algoz Foi dessas voz que tem a tez Que criou tudo  Tudo aquilo que é incorporado por nós e por vocês  Sem os mortos os vivos não existiriam  Sem ouvir os mais velhos os jovens estariam todos perdidos Só não respeita o perfume  Quem fica de perfumaria Quem não percebeu Que a cada esquina  tem uma tabacaria Sem cigarro Uma farmácia de faixada E não tem pão nas padaria visitada Um barbeiro que só se atrapalha Tudo lavagem de rico O pobre fazendo o bico E a po...

Àquele que um dia estimei como querido amigo.

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 *Por Morgana C. Brochu 6 de dezembro, 2024. Te escrevo essa carta sabendo da possibilidade de ela nunca chegar de encontro a ti. Prefiro libertar as palavras não ditas que me mantém aprisionada nesse sentimento insalubre. Caso leia essa carta, saiba que será tarde demais, então interprete-a como bem entender. Não fará diferença. Hoje faz calor, assim como no dia que te vi pela última vez. Ainda me vejo um tanto perdida na paisagem urbana na qual ainda tenho o velho hábito de procurar por você, mesmo sabendo que fugi para longe. Andando sob o luar azul, me afogo em um devaneio, esperando pela manhã. Me questiono se tomei a decisão certa perante tudo isso... Desde o momento que te conheci, toda sua imaturidade, presunção e covardia em relação aos seus próprios sentimentos e aos sentimentos alheios, me geraram a certeza absoluta de que você não é um indivíduo o qual eu seria capaz de manter em minha vida fora de limites muito bem estabelecidos de um “coleguismo”. Você é frágil. Se de...

Cancelados

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*Por Paulo Vinícius & Lunarkia Humanos animais alucinados, pisados pelas botas dos Mercados e Estados. Criando suas próprias armadilhas, como tolos vivendo fantasias Um dia serão todos cancelados, pelas máquinas que eles inventaram. Um dia serão todos deletados, pelas máquinas que eles inventaram. Suas vidas curtas neste mundo, vazias, Sísifo na montanha. Perdendo tempo em trabalhos inúteis, baby! Saiba que da morte ninguém ganha! Um dia serão, todos cancelados, pelas máquinas que eles inventaram. Um dia serão todos deletados, pelas máquinas que eles inventaram. São meros primatas indecentes, submissos a canalhas parasitas. Prejudicando vidas inocentes, de plantas e animais que não são gente. Um dia serão todos cancelados, pelas máquinas que eles inventaram. Um dia serão todos deletados, pelas máquinas que eles inventaram. @lunarkiarock https://www.instagram.com/lunarkiarock/ Vocal e Letra: Paulo Vinícius Guitarra: Henrique Bevilaqua Bateria: Guilherme P. Teixeira Baixo: Rafael Di...

A orillas de la melancolía

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  *Por Artigas Osores No necesito un dos de noviembre para visitar a los muertos que amo. Ellos vienen a mi en otras fechas... en otras estaciones, en las horas más imprevistas y sin motivos ninguno. Entran a mi alma sin golpear la puerta, porque esa es la casa donde abrigo sus memorias No le llevo flores ni lagrimas a sus tumbas. Son ellos los que vienen a mí y me traen los recuerdos más hermosos. Momentos inolvidables de anécdotas y risas, que mi corazón guarda como un apreciado tesoro. No necesito un almanaque que recuerde a mis muertos. A veces cuando se entretienen en el camino del tiempo, yo los invoco para recordarles que siempre seguirán vivos dentro de mi pecho. Yo sigo el mismo sendero que un día ellos me acompañaron. Y aunque físicamente ya no estén, no tengan dudas de que me siguen acompañando. La simple hoja del almanaque es muy poca cosa para señalar con su dedo índice, lo que mi alma siente. Por eso está noche vine a las orillas de las melancolías para reunirlos conm...