Um balcão de negócios sob o altar


*Por Lucas Berton

As grandes religiões patriarcais do Ocidente — judaísmo, cristianismo e islamismo — são religiões de mercadores. Elas não fazem uma imersão nos mistérios da vida-morte e do infinito, mas partindo destas inquietações e medos, abrem balcões de negócios.

Fidelidade cega a um deus único que só reforça o ego, em troca da vida eterna — para o ego. Em caso de infidelidade, o "prejuízo" do fogo do inferno. Não cria condições para que o espírito amadureça e "endureça" na busca pela compreensão de tais mistérios e não prepara para o grande desconhecido que é a morte, mas "tranquiliza" seus adeptos que depois da morte seus espíritos terão a tranquilidade da morada garantida ao lado do deus-pai, todo poderoso, desde que tenha "compreendido" que não existe salvação fora da submissão aos dogmas de cada uma.

Nestas religiões, parece que não há crescimento espiritual, intelectual, mental; mas estagnação e conformismo. Estas religiões se transformam em pedras, templos, Igrejas, escolas, universidades, bancos, Estados — e, nesse caminho, perdem a alma...


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