A vida vai melhorar... depois do roubo da caixa de Pandora?
*Por Ethon Fonseca
Achado próprio para o momento, a beleza de amor antigo de um poema que circulou até ter autoria e datação adulterados segue como oratória/poética de punho do tamanho do útero, de reza forte - de símbolos, coisas que ainda entenderemos, talvez rumos que ainda conheceremos ou reencontraremos, nos consultando ou na solidão de uma conversa com o tempo e esperança a ser retomada quando a tempestade passar.
Quando a tempestade passar,
as estradas se amansarem,
E formos sobreviventes
de um naufrágio coletivo,
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos bem-aventurados
Só por estarmos vivos.
Valorizaremos as cobertas secas e os insumos, almas secas dando dicas da hora ou duradouras, sobre como chegam os pesos dos alimentos na dieta e nos bolsos (carestia), e outras matrizes energéticas, combustíveis para aquecimento e transportes, em meio a tantos naufrágios… e movimentos de baixo para cima? Valorizaremos empuxos e disposições como boas maneiras, em meio a tantos postos se reivindicando de contracorrente (por não terem cargos?) gritando serem “povo pelo povo”, nos embandeirando de novo e depois de terem produzido contra-informação e negacionismo climáticos “na luta” mas pela descaracterização legal do trabalho análogo ao escravo, emprego precarizado ou de bostedo requerendo exame de toxicidade das fezes, como foram contra leis trabalhistas como se disputassem complicação de lucros e com ecologistas, as proteções ambientais, arrotando o que noutros tempos chamariam de contra-inteligência, mas com que agora ocupam lugar de assunto e debate científicos.
Valorizaremos os “Parabéns!” a quem conseguia chamar de “liberdade de expressão” até… auto-declarativamente como uma auto-evidência de ação afirmativa? Fazendo de corações e mentes não terra sem lei ou atos, demonstrations ou manifestações, mas daquela do 'se colar colou', e não é chiclete embaixo da classe nem musicalização de metamorfose com solução de alugar o Brasil pra não pagar nada, mas contradição ambulante e guiada, endereçada sem descurarem às urnas, a bandeiras e partidos, senão instituindo normose de neo-culpabilismo aos “progressistas”. Isso tem como não deixar chata uma aula sobre nazi-fascismo por parecer estar falando de atualidades? Meu aporte ao filtro crítico dessa década para cá é para termos nomes e sobrenomes ou apelidos genéricos e especiais não menos certeiros e informativos operando se for o caso de apropriações de rótulos e termos do socialismo para operações, ou mesmo diversionistas e expansionistas, das bem distintas que algumas “esquerdas” não deixado de denunciar, desunidas por direitas e centrão desde o #elenão editado em novo marco do descaramento da contra informação de campanha em “guerra cultural” ou fazenda supostamente “condominizadora” de bolhas sociais, customização negando seus próprios meios de produção internacionalmente denunciados em 2013 e de desenvolvimentos tão notados na arquitetura de rede como no escândalo do mercenarismo político na Cambridge Analictyca com sua exploração de informações não só de “clientes comerciais” como produzindo por quiz em “rede social”que se for ver referenciais e alianças das organizações, se defendem e a táticas de “guerra híbrida” alegando serem mitos até disparadores no zunizápi por terem bases “sociais”multiplicando conteúdos “participativos” e atacando reputação da jornalista que fez seu papel denunciador à época do #elenão#elenunca agora não faltando quem para, falar da “catástrofe maior dos governos”, mentindo pedirem habilitação de embarcações, sem escrúpulos de explorarem a emergência climática como oportunidade nos negócios maldisfarçadamente políticos para incautos (e meu irmão?), pede enviarem os apoios solidários nem para suas redes distritais, muito menos 'paraquemquerdoar' da rede globo ou para algum governo, já que a mensagem, 'de brincas', como teste para 'seu público', é quão melhor seria enviar direto para esse ícone de empresário da importação e venda, modelo pelo próprio sucesso na burla em cidade portuária, quase 'honestidade política', que Narciso também não é bobo e não falta quem cave mais que faltas, oportunidades na convulsão do choque da 'tempestade perfeita': ver a “doutrina do choque” em 'ideário' neoliberal além de turbulência por baixa definição de objetos e objetivos, cenários e metas que pretendem pragmaticamente dominar tanto retrógrados quanto progressistas – não estamos nessa 'grenalização' ou arquibancada de torcida, ou de gritedo no camarote pretendendo isenção de filtros críticos atualizados em postura “da Filosofia”, cética e moderna, mas com observadores de épocas de entidades incluindo instituições com foco e interesse declarado em épocas de futuro portanto não esquecendo de todos os passos passados…
E nós daremos um abraço ao primeiro desconhecido
E elogiaremos a sorte de manter um amigo.
Pararemos para por a conversarem considerações, sinais e atualizações, para fortalecer o povo no poder mais que qualquer outra candidatura representativa de “cheque em branco”, integrantes de coletivos comuns, influências interessantes ou projetos definidos. Os sinais de aceitação do abraço se multiplicarão nas falas felizes em amigos, de amigos, por amigos, momentâneos e de tempos.
E aí nós vamos lembrar tudo aquilo que perdemos e de uma vez aprenderemos tudo o que não aprendemos.
Contemplando memórias formais, narrativas unificadoras e agregativas, experiências sociais como conhecimento, V elemento, conjugação de sapiência na prevenção, sabedoria, atualização das quadras da própria História.
Não teremos mais inveja pois todos sofreram.
Não teremos mais o coração endurecido
Seremos todos mais compassivos.
Entenderemos ninguém estar bem não só com tantas perdas e danos
não só por reviradas em muitos bens, recentes ou de tempos, como pelos próprios secadores da alma – e filtros críticos? Lentes para ver o mundo.
Valerá mais o que é de todos do que o que eu nunca consegui.
Seremos mais generosos
E muito mais comprometidos
Consequentes, conscientes e consistentes
Nós entenderemos o quão frágeis somos, e o que significa estarmos vivos! Vamos sentir empatia por quem está e por quem se foi.
Quem se situa também nos situa, então vamos, referenciais humanos sempre e cada vez mais sabidamente notados, entender avaliadores antes como olheiros e vivos como mais vivos ou menos, mas não menos “caniços no universo” que “estrela bailarina do kaos” – como diriam carradas de seguidores e alguns criadores de “fios de Ariadne” ou Lacita, colega dos “olhos de ver” Maristela. Sentiremos falta do velho que pedia esmola no mercado, que nós nunca soubemos o nome e sempre esteve ao nosso lado.
Ou do olheiro também subestimado ou nem reconhecido, talvez amigo do livreiro de rua remanescente, de atuadores da paixão, garimpos de brechó e momentum de espírito esportivo “pros lado” cujos contrastes seguem construtivos – e não diluídos em disputa até de jargão para a descrição do fenômeno de ecologias sócio-ambientais e subjetivas.
E talvez o velho pobre fosse Deus disfarçado...
Mas você nunca perguntou o nome dele
Porque estava com pressa...
Talvez voltar a saber que visitar ruas como casas das pessoas, era o mesmo que na casa de Deus casar…
E tudo será milagre!
E tudo será um legado
E a vida que ganhamos será respeitada!
E tudo é milagre ou não existiriam milagres
E o legado da lenha toda chegará, por nosso lado
à vida digna sendo dignificada por linhas ditadas do bem-querer
Quando
a tempestade passar
Eu te peço Deus, com tristeza ,
Que você nos torne melhores.
como você "nos" sonhou.
pedinte de belezas até por artes, amores até por lutas, menos guerra ou briga, tempestade perfeita ou olhos do furacão arrombado arrombando os sonhos compartilhados vencendo antena da raça babélica dos cabras da peste com lugares de crítica criativa vencendo força de hábitos reclamões e libertando o lugar de encontros com a iluminação do mundo pelos sonhos do Deus mostrando haver sempre escolha, a das boas e das melhores, das ruins e das piores imprimindo sentidos almejados para as vidas dos entes queridos até debaixo glub.
(poema "apocrifamente" atribuído a K. O'Meara como escrito durante a peste de 1800, mas ainda assim recebendo versões cancionadas e aqui intercalado por resposta de professor do Ensino Médio durante a maior enchente do Guaíba (2024) querendo ver mudança da forma de pensar como uma tão referida ao terremoto de Lisboa de 1755 e sugerida pela Geologia a cunhar nome de sexta era: antropoceno).
Crises ambientais e pecuária intensiva no contextos de saltos zoonóticos à origem de pandemias foram pouco ou mal refletidas quanto a Covid-19, em meio a narrativas sobre morcegos e laboratório meramente governamentais na escalada armamentista. O fenômeno 'El Niño' de 1997 adveio no ano seguinte a décadas de muitas explosões nucleares francesas em pleno Oceano Pacífico, mas agora a correlação entre indústria bélica e fenômenos climáticos evita(va) a consideração das granjas industriais como fatores de pressão biológica anti-sanitária e produtora de pestes.
ResponderExcluirEm 1948 Mário Quintana publicou 'a enchente de 1941', em "Sapato Florido", como 'época em que era absolutamente desnecessário fazer poemas' - de tanto que já se navegava. Retomou o tema em 1976, com "a grande enchente", em Apontamentos de História Sobrenatural" indagando onde estariam amigos e atestadores de nossos óbitos. Tentar dialogar com o poema pode ser vão, mas questioná-lo ainda é buscar evocações, papéis de memória e profecia: antes por tortuosas entre-linhas que prolongando pasmos e silêncios, não acham? Quer dizer: qualquer incômodo com essa 'bomba' (de tão barulhenta) que soltei e seria só descer logo para a estrofe seguinte - como seguindo o conselho, de Ser água(s), de Bruce Lee.
Como diriam no velho mundo de Fernando Pessoa, e cantariam nos Brasis: Navegar é preciso...