Até onde vai a tua solidariedade?

*Por Lucas Berton Frente às tragédias dos alagamentos no RS e em Porto Alegre vemos se espalhar uma grande onda de solidariedade por entre as pessoas. Soa bonito e sublime — e de fato até é. No entanto, podemos ver também uma contradição! No dia a dia, somos egoístas e medíocres. No meio de uma calamidade, rugimos como leões frente às exigências da sobrevivência coletiva. Subitamente nos lembramos de que existem outras pessoas para além do nosso umbigo — lembramos, até mesmo, dos animais! Contudo, a solidariedade humana tem sido seletiva, para alguns e em momentos críticos. Não podemos ser e vivenciar realmente a solidariedade se nos preocuparmos com os outros apenas diante das catástrofes. E o dia a dia? E a nossa família, como a tratamos? E os moradores de rua que vegetam fora de abrigos permanentemente? E os vizinhos, como os escutamos e reagimos a eles? E aquelas pessoas que não gostamos no trabalho? E aquele colega que falamos mal pelas costas, sem se preocupar com os efeito...