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Mostrando postagens de junho, 2025

Companheira de aço

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  *Por Cleverson P. Em meio a violentos estrondos, suas paredes são de aço, aço que estremece, aço que amolece. Poderosas lagartas sustentam esta pesada máquina, mas, no acidentado terreno, cuida-se um explosivo pequeno. Em seu interior, almas vivas, apertadas e vacilantes, que por vastas estepes buscam por algo inconstante. Nas noites congelantes, o calor do motor aquece, e o exalante óleo nos compadece. Entre tanta glaciação, o fogo seria de todo o encanto, se não nos apavorasse tanto. Uma pequena fagulha, para o fim de tudo o que nos entulha. Ao alvorecer, a luz adentra este forte casulo, permeando o escuro e o que nos há de mais puro, e o horizonte se torna um profundo devaneio aos olhos que se perdem por inteiro. À distância, avista-se o encontro usual, no qual o homem se torna mortal. Oh, tal combate feroz! Oh, tal barbárie implacável! Seria de tudo justificável, se do conflito tirássemos algo honrável.

O homem que queria comprar sapatos

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*Por Han Feizi Um homem do reino de Zheng decidiu comprar um par de sapatos.  Pegou a fita métrica, mediu seu pé direito e depois seu pé esquerdo.  Ao sair, esqueceu a fita e as anotações sobre a cadeira.  Mais tarde, quando encontrou os sapatos que queria, deu-se conta do esquecimento e suspirou desanimado: – Puxa, eu me esqueci de trazer as medidas!  Voltou correndo para casa, a fim de buscá-las.  Ao retornar ao mercado, a feira tinha acabado e não havia mais nada aberto, e ele ficou muito triste porque não pôde comprar os sapatos. – Por que não experimentou os sapatos? – alguém lhe perguntou. Ele respondeu que acreditava mais na fita métrica do que nos seus pés .