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Mostrando postagens de fevereiro, 2025

Por uma educação que valorize a insignificância

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  *Por Lucas Berton Se somos insignificantes para o cosmos, porque não rever a nossa educação de acordo com as descobertas da astronomia moderna? Por que ainda apostamos tudo no egotismo, nos colocando erroneamente no centro de tudo? Por que tanto investimento em fama e reconhecimento? Pasolini  —  o cineasta e comunista italiano  —  pensou na necessidade de uma nova educação que soubesse valorizar e entender o fracasso, dado o seu grande valor educativo. O mesmo vale para a insignificância. O que destoasse dessa educação para a insignificância realmente teria que demonstrar o seu valor  —  e, aí sim, talvez tivesse algum valor para além da insignificância.

Um balcão de negócios sob o altar

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*Por Lucas Berton As grandes religiões patriarcais do Ocidente  —  judaísmo, cristianismo e islamismo  —  são religiões de mercadores. Elas não fazem uma imersão nos mistérios da vida-morte e do infinito, mas partindo destas inquietações e medos, abrem balcões de negócios. Fidelidade cega a um deus único que só reforça o ego, em troca da vida eterna  —  para o ego. Em caso de infidelidade, o "prejuízo" do fogo do inferno. Não cria condições para que o espírito amadureça e "endureça" na busca pela compreensão de tais mistérios e não prepara para o grande desconhecido que é a morte, mas "tranquiliza" seus adeptos que depois da morte seus espíritos terão a tranquilidade da morada garantida ao lado do deus-pai, todo poderoso, desde que tenha "compreendido" que não existe salvação fora da submissão aos dogmas de cada uma. Nestas religiões, parece que não há crescimento espiritual, intelectual, mental; mas estagnação e conformismo. Estas religiões se t...