Arte e pornografia
*Por André Castro É Hera (como as convenções sociais etc.) que costuma “ endireitar” os trançados da imaginação. Hera atribui o “ priápico”, o “ bizarro”, o “ deformado”, “ feio” etc. à “ toda consciência imagética rigorosamente ereta, aquela excitação ou despertar da imaginação que a pornografia tenta realizar. ” James Hillman escreve que a pornografia acaba sendo culpada pela “ violência masculina, pelo espancamento de esposas, excessos sexuais e distorções não naturais, degradação de mulheres, molestação de crianças e estupros… Toda essa argumentação é parte da maldição atribuída ao priápico por Hera e por seus agentes no domínio do doméstico, do comunitário, do social ” . Muito de encontro à essas ideias são os curiosos comentários da Camille Paglia sobre a pornografia: “ O feminismo, argumentando a partir da opinião mais branda da mulher, ignora por completo a sede de sangue no estupro, o prazer da violação e ...