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Perguntas de um trabalhador que lê

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*Por Bertold Brecht , 1935 Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas? Nos livros estão nomes de reis; Os reis carregaram as pedras? E Babilônia, tantas vezes destruída, Quem a reconstruía sempre? Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a construíram? No dia em que a Muralha da China ficou pronta, Para onde foram os pedreiros? A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo: Quem os erigiu? Quem eram aqueles que foram vencidos pelos césares? Bizâncio, tão famosa, tinha somente palácios para seus moradores? Na legendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados continuaram a dar ordens a seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho? César ocupou a Gália. Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro? Felipe da Espanha chorou quando sua armada naufragou. Foi o único a chorar? Frederico 2º venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem partilhou da vitória? A cada página uma vitória. Quem preparava os banquetes? A cada dez anos um grande homem. Quem pagava as despesas? Ta...

Além da Realidade Concreto

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*Por Alyson G. Falsos, obsoletos e Insensíveis. Como viveriam sem o reflexo? Das telas... Dos espelhos... Dos olhos dos outros... Teriam que ser si mesmos. E só poderiam enxergar se olhassem para dentro. E iriam se afogar em uma piscina vazia, todos os dias. E quando pararem de se debater, vão poder finalmente enxergar e pensar: isso é a vida. E na tentativa de viver Sonhar o sonho E acordar quando fechar os olhos. Pois o mundo devora todos os jovens que vivem sonhando um mundo melhor. E neste momento nos tornamos o nada querendo ser algo. Nossa inadequação no mundo nos tirou o direito de ser. Ainda que reais, não podemos existir. Nossas Impronunciáveis escolhas. E amargas concessões. Fizeram de nós seres multidimensionais. Sendo que, só queríamos ser nós, ser um, e você ser o outro, e que juntos pudéssemos ser tudo, de um para o outro, como seres humanos, que existem na mesma dimensão. Vaidade e egoísmo são as leis de um mundo falso. A vida real é sonho. Mas tudo morre no sonho da rea...

Oración anarquista

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  *Por Artigas Osores Tomamos del pueblo el dolor y sus lágrimas, al que somete el opresor todos los días. Las injusticias a nuestro pueblo, nunca nos serán indiferentes. Esa es la razón y los motivos de toda nuestra rebeldía. En nombre del hambre, la ignorancia y la miseria, convocamos a la insurrección. Obreros, campesinos y estudiantes sin pan y sin paz, pongámonos de pie.  En el nombre de la dignidad humana, juntemos sueños y esperanzas para juntos vencer. Sin dios, ni patrónes, políticos y estado para con nuestro sudor sustentar. Que se alcen las voces y los puños cerrados de los pueblos oprimidos del mundo. Basta de alimentar con nuestra sangre parásitos y zánganos. Pongamos fin a los privilegios de la élites, de la propiedad privada y sus derechos privados. De aquellos que se enriquecen con nuestra fatiga. Mujeres y hombres buscando senderos y caminos de la eterna dignidad. Los vientos libertarios flamean en los cielos del mundo... La bandera anarquista de la libertad. ...

O sadismo é fascinante

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  *Por Lucas Berton A perversão é fascinante!         Na pior das hipóteses o prazer sádico é contagioso. Por isso, ler as obras do Marquês de Sade ou vivenciar um prazer supostamente sem limites da luxúria são perseguidos e reprimidos, chegando a serem proibidos. Quanto mais se proíbem, mais eles retornam por outros meios.          Nesse e noutros sentidos, as obras de Sade — que são verdadeiros manifestos do prazer hedonista — tornam-se reveladoras e, até certo ponto, “libertadoras”. No entanto, exageram e tensionam para o polo oposto da repressão moralista feita através de séculos em nome dos valores católicos e dos “bons costumes” — e quanto mais se fala da moral e dos “bons costumes” publicamente,  mais se pratica uma vida pornográfica nas profundezas.          A importância está, então, em reconhecer a necessidade de descarregar a tensão perversa ...

Todos segredos se desvendam

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*Por Alysson G. As ilusões levam tudo o que temos. E depois, elas nos cobram o porquê de não termos nada. E nos perguntamos o porquê vagamos no espaço, feito buracos negros de solidão, consumo e anseio. O que seríamos se não a memória? Por isso devoramos o mundo. Mas a solidão não nos escuta. E em seguida nos sentimos angustiados. Você já foi ao mar a noite? Somente o reflexo da lua, sobre o movimento das ondas somente o mar de água e o mar de estrelas que ali são o mar da tua vida.  Todos os segredos da existência diante de você. Sentir o terror cósmico Livre da busca de circunstâncias. Você poderá deitar sobre a areia da praia E ao abrir e fechar os olhos devagar verá o que você é. No ano novo. Se for possível, e se você quiser. Vá a praia a noite. Encarar a falta de sentido. E encostar a tua face. Na face fria da morte. E assim poderá viver uma vida Em que pediu para nascer. E com os olhos feito de estrelas poderá enxergar. E fazer dos teus pensamentos o mar. E o terror cósmico ...

Sísifo da Silva

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  *Poema/música de Paulo Vinícius Tu és um escravo do sistema, ralando dia e noite pra viver. Fantoche mastigado no sistema. E não há saída pra você. Sonhando um futuro mais feliz, delirando em esperanças vãs. Gastando energia em orações. Um tolo embriagado de ilusões. Tua vida é uma afronta à Natureza, da qual és mais um filho renegado. Não há saída pra você, resta só, sobreviver. Vais morrer, um pobre assalariado. Será!!? A revolta não vai dar em nada, tua ideologia é uma cilada. Mas escute o que vou falar: faça poesia pra aguentar! Sei que essa visão é pessimista, mas, vais entender que é "realista". Porém, é bom manter alguma ira, pra continuar de pé tocando vida. Mergulhado em tua mente podes ser, livre e criativo pra valer. Talvez um dia encontre alguma fuga, para escapar dessa triste labuta. Tua vida é uma afronta à Natureza, da qual és mais um filho renegado! Mas, é importante não calar não esqueça o que vou falar: faça poesia pra aguentar! Revolta!!!

Los zapatos del pueblo

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*Por Artigas Osores (un viejo que escribe) Llevo dentro de mi alma un forastero que no acepta que la sociedad le imponga condiciones. Cómo una pieza de otro rompecabezas, que no encaja en ningún lado. Por eso es difícil que me comprendan. Tengo a diferencia de ustedes, otras experiencias de vida que formaron mi carácter. Mientras ustedes todo lo tenían. Eran mias todas las necesidades... Por eso nunca me van a entender. No solo es porque vengo de otro camino y son otras mis raíces y mis ropas. También son otros los zapatos. No siquiera pido que intenten calzarlo. Porque los míos seguramente les quedarán muy grandes... Mi rebeldía no es solo contra la sociedad, dios y los gobiernos. Mi insurrección personal es contra el sistema. Que crío esos monstruos y los bautizó con nombres. Al genocidio de un pueblo, le llaman guerra. Al hambre, la sed y las enfermedades de la miseria. Ausencia de necesidades básicas le llaman. El sistema todo lo ha bautizado con nombres, porque al sistema todo le...